A mídia programática é recente, mas promete revolucionar a forma de se fazer publicidade online. Como a própria nomenclatura sugere, é uma forma programada de compra e venda de mídia em plataformas específicas, como Facebook, Google e In Loco Media.
Atualmente, quando criamos anúncios na internet, seja nas mídias sociais ou no Google Adwords, escolhemos diversos filtros, como idade, sexo, região e interesses. O intuito é direcionar uma mensagem para um público bem específico.
Na mídia programática isso é feito de forma mais estratégica, uma vez que os publishers, ao exibirem um anúncio, levam em consideração se o perfil do consumidor é realmente adequado ao seu produto ou serviço, com base em uma série de dados, como histórico de buscas e sites.
Quando as marcas negociam um espaço no canais de comunicação tradicionais, como rádio e TV, o valor de investimento tem como base a audiência. Quando se trata de mídia programática, a referência é o perfil dessa audiência. Ou seja, as empresas compram uma determinada representação e não a quantidade de pessoas atingidas.
Na web é possível coletar uma série de informações valiosas sobre os usuários, como pesquisas no Google, tempo de permanência em uma página e interesses, tudo de forma automatizada e em tempo real, o que garante uma assertividade maior no quesito público-alvo.
De acordo com um estudo divulgado pelo eMarketer, no segundo semestre de 2016, o tipo de anúncio programático mobile que mais se destacou foi o Real Time Bidding. Em 2015 foram gastos cerca de 670 milhões de dólares com mídia mobile programática nos Estados Unidos. Para 2017, a estimativa de investimento no modelo de publicidade é de 2,86 bilhões de dólares.
Mídia Programática: Como funciona?
Para entender como funciona a estratégia é fundamental saber o significado de algumas siglas. Por exemplo, Ad Exchanges funcionam como um leilão de inventário (RTB), onde os publishers disponibilizam seus espaços. É uma rede de compra e venda de espaço publicitário.
O Real-Time Bidding (RTB), que citamos acima, é o termo que define o modelo de compra de mídia, nesse caso, os leilões em tempo real.
AD Network são os sistemas responsáveis por conectar anunciantes com portais que desejam vender seus espaços publicitários por meio de ferramentas. A Demand-Side Plataform (DSP) serve de guia para o comprador. Ao definir o público que deseja comprar, a plataforma se interliga com a Ad Exchange e mostra onde está a audiência desejada.
Já a Sell-Side Plataform (SSP) é voltada para os veículos. A ferramenta analisa todos os inventários, integra todas as ofertas do mercado e mostra qual vale mais a pena no momento.
A dinâmica é da seguinte forma: Os publishers disponibilizam seus espaços para publicidade em na Ad Exchanges. O inventário pode ser acessado via plataformas de Demand Side Platforms (DSPs), onde os anunciantes podem criar as campanhas para os perfis de consumidores que querem impactar. Com base no público-alvo definido pelo anunciante são gerados espaços de mídias disponíveis.
Apesar de ser um tema novo, a mídia programática vem crescendo no Brasil rapidamente. Por conta disso, ainda é motivo de dúvida e receio por muitos profissionais de marketing, mas é mais simples do que parece. E a sua empresa, já investe em mídia programática? Compartilhe a sua experiência conosco e tire suas dúvidas!